O secretário geral da Fifa, Jérôme Valcke, disse que os organizadores da Copa do Mundo no Brasil precisavam receber “um chute no traseiro”. Na Alemanha, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência, Marco Aurélio Garcia, rebateu dizendo que Valcke não passava de um “vagabundo”, e disse que o governo não dialogaria mais com o secretário. Em seguida, o ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, disse que não irá mais aceitar Valcke como o interlocutor entre a Fifa e o governo brasileiro, considerando as suas declarações inaceitáveis.
O não entendimento entre governo e a Fifa tem colocado em risco a organização da Copa do Mundo no Brasil em 2014. Integrante da Comissão parlamentar Externa pelo legado da Copa e dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos no Rio de Janeiro, o deputado federal Arolde de Oliveira considerou deselegante a forma como as duas partes têm dialogado. “O nível das declarações está muito baixo. A Fifa, através de seu secretário, se expôs e recebeu em troca uma reação no mesmo tom. Espero que a sensatez volte às negociações e que os assuntos mais importantes sejam resolvidos”, ponderou. Para Arolde, a aprovação da Lei Geral da Copa e o cumprimento dos prazos estipulados no acordo para a realização da Copa do Mundo 2014 e da Copa das Confederações 2013 são as prioridades. “O governo tem que dar as garantias”, afirmou. Segundo Arolde, a Fifa está pressionando o governo amparada pela cláusula 7.7 do Host Agreement (Contrato para Sediar). O contrato, assinado pelo governo brasileiro, estabelece o dia 1 de junho de 2012 como prazo final para a Fifa rescindir o contrato e tirar a Copa-2014 do Brasil, sem pagamento de multa. “A Copa será realizada no Brasil em excelentes condições”, enfatizou o parlamentar. (Redação)
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