Um fato político de extrema importância ocorrido na Câmara dos Deputados foi a eleição legítima do Deputado Marco Feliciano como presidente da Comissão Permanente de Direitos Humanos e Minorias da Casa. Fico a pensar sobre a situação de extrema baixaria a que chegou a Câmara a ponto de permitir a não realização da eleição do Deputado escolhido politicamente dentro da regra da proporcionalidade regimental estabelecida pelos partidos políticos. A vaga de presidente da Comissão foi dada ao PSC – partido de Feliciano – no acordo de líderes, no último dia 27.
Felizmente, o presidente da Câmara restaurou, pelo menos parcialmente, a situação de desgaste da Casa ao determinar que a eleição e a posse fossem feita no dia seguinte, a portas fechadas e sem a presença dos militantes ativistas. Trata-se de um deputado titular de um mandato no qual, uma vez empossado, tem todas as prerrogativas parlamentares independentemente do número de votos com o qual se elegeu. As questões de eventuais denúncias alegadas pelos ativistas gays, principalmente, não interferem na escolha dos partidos sobre quem ocupará a vaga destinada à legenda.
Se interferisse, não teríamos hoje na Casa políticos condenados e sentenciados judicialmente ocupando cadeiras, dentre eles alguns ocupando lugar de grande destaque.
As manifestações nas redes sociais - local de livre expressão política - não representam um demérito, já que existem políticos com muito maior rejeição nas redes do que o atual presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias.
O lamentável é ver que estes fatos corroboram ainda mais com a indignação do povo brasileiro em relação aos políticos.
(Redação)
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