O Deputado Arolde de Oliveira acaba de fazer o seguinte pronunciamento em Brasília:
Senhor Presidente, prezados colegas, o que me traz aqui é um registro na linha do meu antecessor na tribuna que diz respeito à questão da segurança no Rio de Janeiro.O meu foco é um pouco diferente.
Desde os primeiros dias, enquanto a bandidagem tomava contorno de terrorismo nas ruas da cidade, levantei a hipótese de que só as Forças Armadas, poderiam, efetivamente, debelar esse tipo de agressão à sociedade. Fiz isso e, depois, os desdobramentos estratégicos foram operacionalizados e aquela pequena localidade diante das mil favelas do Rio de Janeiro foi ocupada. Lá havia uma questão muito emblemática: era o quartel general de um dos maiores comandos envolvidos com o tráfico do Rio de Janeiro. E isso foi feito.
Porém, agora, surge a discussão de que as Forças Armadas devem permanecer ocupando o local, dando a ideia de que o Rio de Janeiro é um Haiti, que precisa de uma força de paz. Mas a questão não é esta.
Temos que pensar e entender que o maior inimigo da Polícia Militar, como de resto da nossa sociedade, é a corrupção. Precisamos ter em mente que as Forças Armadas, se permanecerem prolongadamente na área, vão seguir o mesmo caminho que as polícias militares seguem na corrupção.
A Polícia Militar se corrompe, porque o salário pago aos profissionais militares é irrisório, muito baixo; o Rio de Janeiro é um dos que paga pior. Temos aqui a PEC n º 300 que já foi votada em primeiro turno. Poderíamos agora votá-la em segundo turno, se for possível negociar. Essa é a grande oportunidade que temos para fortalecer as polícias dos Estados e para tirar da polícia esse vírus que destrói as relações dentro das comunidades onde existem crimes organizados, que é a corrupção.
Senhor Presidente, corrupção não ocorre só lá na ponta.
Estamos vendo denúncias de que na Comissão de Orçamento do Congresso Nacional existem indícios, e alguns fatos já comprovados, de que há um esquema de corrupção com emendas parlamentares.
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