A segunda-feira 6 de fevereiro ficou marcada como o dia do maior leilão de privatização do governo petista. Na sede da BM&F Bovespa, os aeroportos de Gualhos, Campinas e Brasília passaram às mãos da iniciativa privada de maneira majoritária. O Governo ficou com 49% do capital de cada aeroporto. O ágio médio pago pelas três concessões alcançou, no total, 348% em relação ao valor mínimo estipulado pela edital, que era de R$ 5,47 bilhões. No caso de Brasília, essa diferença chegou a 673%.
Esse ágio tão favorável para a arrecadação do Governo demonstrou que a privatização é uma saída viável para resolver os problemas dos aeroportos, principalmente visando os grandes eventos esportivos. “Esse é o principal fato político de 2012, até aqui. Foi uma decisão oportuna e corajosa”, comemorou o deputado federal Arolde de Oliveira, em discurso realizado no Plenário da Câmara, no último dia 8. O parlamentar também comemorou o modelo utilizado “Esse modelo estabeleceu uma maior margem de segurança para os negócios”, disse ele referindo-se à grande parte do financiamento dos recursos ter sido feita pelo BNDES. Outro fato comemorado foi que em um dos consórcios – o Ivepar para o aeroporto de Guarulhos – ser composto de fundos de pensão da Petrobras, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
Exemplo nas telecomunicações
O parlamentar ressaltou também que as responsabilidades devem ser bem divididas entre as partes. “Existem funções de Estado, como Polícia e Receita Federal e funções privadas. Essa fronteira de responsabilidades tem que ser bem equilibrada”, discursou. Para Arolde, o exemplo das privatizações da década de 1990 foi retomado e deve ter como exemplo os bons frutos colhidos como no caso das telecomunicações. “É uma decisão que irá atender aos passageiros que viajam de avião e que sofrem nos aeroportos à medida que as demandas crescem e os serviços não são prestados”, concluiu.
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