diHITT - Notícias Arolde de Oliveira: O PSD E SEU TEMPO

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

O PSD E SEU TEMPO

O Partido Social Democrático – PSD, ao obter seu registro Nacional definitivo, surge no cenário político brasileiro em um momento de circunstâncias singulares, justamente na transição rumo ao estabelecimento de novos paradigmas na política, na economia e, principalmente, na área social.

O fator dinâmico acelerador dessas transformações, situa-se na esfera da ciência e da tecnologia: comunicação digital, nano indústria, internet, informação em tempo real, inovação e inúmeros outros fatores correlatos.

Rapidamente as estruturas verticais de informação e de controle social são ultrapassadas pelos sistemas horizontais de redes de informações interativas, onde as fronteiras nacionais se tornam transparentes, e os índices de avaliação de desempenho perdem a eficácia e se tornam imprevisíveis.

Cada vez um número maior de pessoas acessa e se conecta a INTERNET, formando redes e grupos de interesse onde todos geram conteúdo de informação e se comunicam com todos, independentemente de localização geográfica, posição social, formação intelectual ou convicções pessoais, basta ter acesso, estar conectado e deixar fluir suas opiniões e comentários.
A figura do “chefe” da sociedade civil organizada começa a perder o seu poder de influência institucional, abrindo espaço ao fortalecimento da figura do “líder” como principal formulador de idéias e responsável pela estruturação e consolidação dessa nova sociedade.

É nesse ambiente de perda de intermediação entre as demandas coletivas e os responsáveis pelo seu atendimento que as políticas públicas se tornam incapazes de atender às necessidades sociais nas áreas de saúde, educação, segurança pública, habitação e mobilidade urbana, entre tantas carências.

A desintermediação acentua o distanciamento da nação em relação aos seus representantes e governantes, afrouxando a cobrança e o acompanhamento dos seus atos e, praticamente, extinguindo o envolvimento dos cidadãos da militância político-partidária, essência das práticas da democracia representativa.

Sem ter a quem prestar contas, tanto os partidos políticos, quanto os próprios políticos se sentem descompromissados e livres para agir segundo seus interesses, os legítimos e os fisiológicos.
Assim tem sido nestes últimos anos com tendência clara de agravamento. A corrupção e a impunidade generalizadas, e o desprezo pelos valores éticos e morais, são algumas das manifestações mais sórdidas desse estado de coisas.

Os partidos políticos, que deveriam ser a estratificação da organização da sociedade civil para representá-la e chegar ao poder, perderam, na sua maioria, qualquer vinculação com as expectativas e necessidades nacionais, e renderam-se ao funcionamento cartorial e ao fisiologismo.

A desregulamentação imposta pelas mudanças irreversíveis gera uma demanda regulatória que o sistema político legislativo e normativo não consegue atender em qualidade e em tempo, conduzindo a sociedade a confusão e a desobediência civil.

Essas são algumas características e situações perceptíveis neste tempo em que um novo Partido Político, o PSD, se apresenta como alternativa para ocupação de espaço político partidário sintonizado com os novos anseios e necessidades sociais.

Com sabedoria e perseverança o Partido poderá reconstruir as pontes para uma intermediação consistente baseado em princípios e ideais de liberdade, republicanos, democráticos e de direitos, colocados acima das lideranças que o constituem.

É a nossa esperança presente, trabalharemos com determinação para concretizá-la. Que Deus nos inspire e abençoe. Vida longa ao Partido Social Democrático – PSD.

(Pronunciamento realizado hoje (28), na Câmara dos Deputados)

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