Rapidamente as estruturas verticais de informação e de controle social são ultrapassadas pelos sistemas horizontais de redes de informações interativas, onde as fronteiras nacionais se tornam transparentes, e os índices de avaliação de desempenho perdem a eficácia e se tornam imprevisíveis.
Cada vez um número maior de pessoas acessa e se conecta a INTERNET, formando redes e grupos de interesse onde todos geram conteúdo de informação e se comunicam com todos, independentemente de localização geográfica, posição social, formação intelectual ou convicções pessoais, basta ter acesso, estar conectado e deixar fluir suas opiniões e comentários.
É nesse ambiente de perda de intermediação entre as demandas coletivas e os responsáveis pelo seu atendimento que as políticas públicas se tornam incapazes de atender às necessidades sociais nas áreas de saúde, educação, segurança pública, habitação e mobilidade urbana, entre tantas carências.
A desintermediação acentua o distanciamento da nação em relação aos seus representantes e governantes, afrouxando a cobrança e o acompanhamento dos seus atos e, praticamente, extinguindo o envolvimento dos cidadãos da militância político-partidária, essência das práticas da democracia representativa.
Sem ter a quem prestar contas, tanto os partidos políticos, quanto os próprios políticos se sentem descompromissados e livres para agir segundo seus interesses, os legítimos e os fisiológicos.
Assim tem sido nestes últimos anos com tendência clara de agravamento. A corrupção e a impunidade generalizadas, e o desprezo pelos valores éticos e morais, são algumas das manifestações mais sórdidas desse estado de coisas.
Os partidos políticos, que deveriam ser a estratificação da organização da sociedade civil para representá-la e chegar ao poder, perderam, na sua maioria, qualquer vinculação com as expectativas e necessidades nacionais, e renderam-se ao funcionamento cartorial e ao fisiologismo.
A desregulamentação imposta pelas mudanças irreversíveis gera uma demanda regulatória que o sistema político legislativo e normativo não consegue atender em qualidade e em tempo, conduzindo a sociedade a confusão e a desobediência civil.
Essas são algumas características e situações perceptíveis neste tempo em que um novo Partido Político, o PSD, se apresenta como alternativa para ocupação de espaço político partidário sintonizado com os novos anseios e necessidades sociais.
Com sabedoria e perseverança o Partido poderá reconstruir as pontes para uma intermediação consistente baseado em princípios e ideais de liberdade, republicanos, democráticos e de direitos, colocados acima das lideranças que o constituem.
É a nossa esperança presente, trabalharemos com determinação para concretizá-la. Que Deus nos inspire e abençoe. Vida longa ao Partido Social Democrático – PSD.
(Pronunciamento realizado hoje (28), na Câmara dos Deputados)
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