Os investimentos do Ministério dos Transportes, responsável pela construção e manutenção das rodovias federais, caminham em marcha lenta, mesmo com o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). É o que mostra um estudo do economista Raul Velloso, especialista em contas públicas, que analisa a evolução dos gastos da pasta desde a década de 1970. No período entre 1990 e 2006, os investimentos se mantiveram, em média, no patamar de 0,19% do Produto Interno Bruto (PIB). Em 2007 e 2008, já com o PAC em andamento, os gastos alcançaram 0,21% do PIB. Mas esse é um patamar ainda irrisório se comparado com os gastos dos anos 70. Em 1975, por exemplo, eles chegavam a 1,84% do PIB, quase nove vezes o investimento atual.
- Naquela época, havia uma prioridade clara no orçamento público para os investimentos, particularmente na área de transportes - observa Velloso.
Ele reconhece que os recursos foram ficando escassos por conta das sucessivas crises econômicas. O governo passou a gastar menos, porque a economia cresceu menos, mas Velloso considera que as prioridades também foram mudando:
- Outros setores começaram a ganhar mais recursos no Orçamento, e as estradas foram relegadas a um segundo plano. (Blog do Noblat)
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