A Comissão Permanente de Mudanças Climáticas deverá ser instalada no início de fevereiro e contar com um corpo de consultores especialistas da sociedade civil para auxiliar os trabalhos. Entre as atribuições definidas no perfil da nova comissão está o acompanhamento do Plano Nacional de Mudanças Climáticas, das ações de ampliação das fontes renováveis de energia e das medidas de incentivo à ocupação ordenada do solo. A comissão também deverá monitorar e fiscalizar as ações de promoção do gerenciamento adequado de resíduos sólidos e de controle da emissão dos gases de efeito estufa. Nesse tocante, o Brasil ostenta, por conta das queimadas, uma triste posição: quarto maior emissor de gases de efeito estufa do planeta.
Em 2007, a comissão realizou um excepcional seminário do qual tive o prazer e a honra de participar como palestrante. Pois bem, ao final de 2008, o Congresso Nacional, por unanimidade de suas duas Casas, transformou a Comissão Especial em Comissão Permanente de Mudanças Climáticas a partir da iniciativa do deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), que teve um desempenho destacado quando a presidiu. Vale registrar o empenho de todas as lideranças do Legislativo e de outros parlamentares, como Renato Casagrande, Ricardo Tripoli, Sarney Filho, Mendes Thame (PSDB-SP) e Fernando Gabeira (PV-RJ). Deram mostra de interesse em uma questão fundamental para o futuro do planeta e crítica para o desenvolvimento do Brasil.
(Extraído de um artigo do cientista político Murillo de Aragão)
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