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terça-feira, 22 de março de 2011

Arolde registra na Câmara visita de Obama e crítica da Unesco


O Deputado Arolde de Oliveira fez dois registros agora à tarde na tribuna da Câmara dos Deputados. O primeiro sobre a importância da visita do Presidente dos Estados Unidos ao Brasil. O outro sobre um documento do representante da UNESCO no Brasil questionando a autoridade do Legislativo em relação às questões da mídia.

“Foi uma oportunidade de, no começo do novo Governo, termos uma aproximação entre as duas maiores potências das Américas, com as responsabilidades de cada uma, fortalecendo o eixo norte-sul, que, de certo modo, vinha sendo um pouco desprezado pelo Governo brasileiro.

A vinda do Presidente Barack Obama trouxe uma reabertura dessas relações, muito bem recebido que foi pelo Governo brasileiro, em postura de estadista. Isso foi muito importante. Foi também importante para o meu Estado, o Rio de Janeiro, em particular, porque a presença do Presidente americano reforçou os aspectos positivos da imagem da Cidade Maravilhosa e do Estado do Rio de Janeiro diante do mundo. Por todas essas razões e por outras que em oportunidade futura, virei aqui para registrar, estou muito feliz.

Cumprimento, então, o Governo brasileiro, o Governo do Estado do Rio de Janeiro e a Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro, pela forma como receberam o Presidente americano. Enfim, estamos iniciando uma nova fase nas importantes relações entre esses dois países.

Eu estive lendo um documento, aqui, do representante da UNESCO no Brasil — a UNESCO é a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura —, e encontrei uma pérola numa descrição.

Esse documento trata basicamente das questões de mídia, das questões da comunicação, abre o debate e vem com o intuito de enriquecer o debate, o que naturalmente fará. Mas encontrei esta pérola, que eu quero deixar registrada: “Deixar nas mãos do Legislativo o poder de outorgar é anomalia que ameaça a democracia e põe em risco as garantias aos direitos humanos”. Meu Deus! Que afirmação, feita por uma organização da importância da UNESCO!

Ora, se o Poder Legislativo, que é o Poder que representa o povo e que representa os Estados da Federação, não é adequado a fortalecer, é uma ameaça à democracia, o que é que nós estamos fazendo aqui, Sr. Presidente? O que é que nós estamos fazendo aqui?

Então essa afirmação desqualifica os assessores, o representante. Não vou dizer que desqualifica a própria organização, que é uma organização da ONU, mas é lamentável que se veja uma afirmação dessas.

E mostra que se desconhece a história, porque, na realidade, no passado as concessões de rádio e televisão eram dadas pelo poder discricionário dos governantes — Ministros, Presidente —, que outorgavam emissoras de rádio, televisão, etc.

Por ocasião da Assembleia Constituinte de 1988, da qual participei, essa anomalia, aí sim, a Constituição foi modificada. A oposição, constituída pelos partidos que hoje estão no governo, exigiu — e foi muito bom — que as concessões fossem ratificadas pelo Congresso Nacional, pelas duas Casas, Câmara dos Deputados e Senado.

No entanto, a história foi esquecida. Quer agora a UNESCO devolver o poder de concessão de emissoras de rádio e televisão ao poder discricionário do governante. Então não dá para entender por que mudou nesse período.

O que nós temos é que permanecer com as liberdades que nós temos: liberdade de expressão, de imprensa e de veiculação plena das informações em nosso País.” Redação

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