Conselho de Medicina: “Importação de médicos cubanos põe em risco a saúde e a democracia”

O Governo anunciou no início do mês uma parceria para trazer médicos de Cuba para atender a população mais carente do país. O deputado federal Arolde de Oliveira, em discurso no plenário na última terça-feira, 14, questionou a legitimidade da ação orquestrada pela presidente Dilma Rousseff, considerando um risco à democracia no Brasil, além de pôr em risco a saúde dos pacientes. Ele compartilha da opinião do Conselho Federal de Medicina (CFM), que, em nota, condenou a importação desses médicos cubanos.

“Todos sabemos que em Cuba o setor de saúde é estatizado. Os médicos de Cuba são agentes do governo para doutrinação ideológica”, frisou Arolde, que destacou o avanço do país em termos de qualidade e quantidade. “O Brasil possui 200 escolas de medicina, com currículo muito qualificado, e mais dois anos de residência hospitalar. Não existe falta de médicos”.

Veja o discurso:

O CFM acusou o Governo de usar do sistema público para promover programas eleitorais, e apontou para a falta de qualidade dos profissionais. “Medidas neste sentido ferem a lei, configuram uma pseudoassistência com maiores riscos para a população e, por isso, além de temporários, são temerários por se caracterizarem como programas político-eleitorais”, disse a nota, que levou em conta os resultados das provas do exame de validação dos diplomas (Revalida) realizados por médicos cubanos e bolivianos em 2012. Dos 593 que se submeteram às provas, somente 35 foram autorizados a trabalhar no Brasil, um índice de 94,1% de reprovação.

Arolde emendou. “É uma estratégia para acelerar o avanço do socialismo materialista em nosso país. A nação brasileira, que desfruta de liberdades democráticas, do estado de direito, e de valores cristãos, que os cubanos não conhecem, tem que reagir veementemente contra essa medida”.

Na internet, é possível encontrar muitos vídeos de denúncias contra a importação dos mesmos médicos, os quais estariam sendo treinados com o idealismo socialista e teriam a entrada facilitada no país, sem precisar fazer a prova de validação do diploma no Brasil, apesar da falta de qualificação. Veja: